margarida soares

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dedico-me diariamente à arte de viver

domingo, 11 de abril de 2010

hoje senti na pele o carinho de quem sente cada instante como se fosse uma vida. senti calor humano de pessoas que se entre ajudam. tive medo do principio ao fim e agora que abandonei este mundo à cerca de 5 horas, continuo a sentir um desconforto enorme dentro de mim.
como é que as pessoas como eu podem precisar de tanto para viver? hoje olhei para pessoas de quem a maioria de nós sente pena no dia-a-dia. mas pena de quê? devíamos ter pena era de nós próprios, por acharmos que eles são deficientes; sim, talvez possam ter diferenças em relação aos comuns mortais, mas garanto-vos, são mais felizes que todos nós juntos.
vi os sorrisos mais sentidos, senti os abraços mais calorosos e a hospitalidade de quem mais sente. eles sentem os pequenos momentos e estou certa de que não cometem os mesmos erros que tantos de nós passam a vida a cometer.
tenho a certeza de que não anseiam o futuro, nem montes de dinheiro, nem aquela casa ou aquele carro da marca X.
são felizes com o que tem e não precisam de mais. tem muito para nos ensinar e não os devíamos subestimar. sobretudo, não temos de ter pena, eles dão o devido valor às coisas, até aquelas pequenas coisas a que não ligamos e que tem tanto valor.
um simples abraço, um simples beijo para eles é muito e para nós é um agradecimento que recebemos a partir de um sorriso que transborda emoções. é um sorriso sentido, sentido de verdade. aqui não há sorrisos de vingança ou de fingimento, aqui tudo é puro.
irei voltar, até não ter medo. (L) GJ
aparentemente podem não ter nada, nem juízo, mas são felizes.
(rascunho guardado sábado, 10 de Abril de 2010, pelas 21h)

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