margarida soares

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dedico-me diariamente à arte de viver

terça-feira, 20 de abril de 2010

não vou mentir, tento enganar tudo e todos ao fingir que nunca senti nada por ti, e nunca fui grande mentirosa, mas estaria a sair-me muito bem se me conseguisse enganar a mim mesma. hoje estremeci ao ver-te pela manhã e agora estou a pular de felicidade só porque acho que aquela por quem me trocas-te não faz parte da tua vida. se me trocas-te e fizes-te com que sofresse tanto, se discutíamos tanto, se me metes tanta raiva porque é que não paro de pensar em ti? serão as boas memórias a vir ao de cima? sim, também tenho boas memórias

domingo, 11 de abril de 2010

hoje senti na pele o carinho de quem sente cada instante como se fosse uma vida. senti calor humano de pessoas que se entre ajudam. tive medo do principio ao fim e agora que abandonei este mundo à cerca de 5 horas, continuo a sentir um desconforto enorme dentro de mim.
como é que as pessoas como eu podem precisar de tanto para viver? hoje olhei para pessoas de quem a maioria de nós sente pena no dia-a-dia. mas pena de quê? devíamos ter pena era de nós próprios, por acharmos que eles são deficientes; sim, talvez possam ter diferenças em relação aos comuns mortais, mas garanto-vos, são mais felizes que todos nós juntos.
vi os sorrisos mais sentidos, senti os abraços mais calorosos e a hospitalidade de quem mais sente. eles sentem os pequenos momentos e estou certa de que não cometem os mesmos erros que tantos de nós passam a vida a cometer.
tenho a certeza de que não anseiam o futuro, nem montes de dinheiro, nem aquela casa ou aquele carro da marca X.
são felizes com o que tem e não precisam de mais. tem muito para nos ensinar e não os devíamos subestimar. sobretudo, não temos de ter pena, eles dão o devido valor às coisas, até aquelas pequenas coisas a que não ligamos e que tem tanto valor.
um simples abraço, um simples beijo para eles é muito e para nós é um agradecimento que recebemos a partir de um sorriso que transborda emoções. é um sorriso sentido, sentido de verdade. aqui não há sorrisos de vingança ou de fingimento, aqui tudo é puro.
irei voltar, até não ter medo. (L) GJ
aparentemente podem não ter nada, nem juízo, mas são felizes.
(rascunho guardado sábado, 10 de Abril de 2010, pelas 21h)

sábado, 10 de abril de 2010

mal-entendidos

foste apenas uma arma que usei para combater a memória que teima em não me fazer esquecer um amor que tanto mal me tem feito. agora que paro para pensar, não me arrependo de te ter usado, apesar de não ter alcançado o meu objectivo, esquecer. sou sincera estive contigo a achar que era com ele que estava, imaginei-me a sussurar no ouvido dele, imaginei-me a acariciá-lo a ele e a fazer tantas outras coisas que só com ele sentia. o meu pensamento e a minha alma não estavam contigo mas sim com ele, a ti entreguei-te o meu corpo. no fim, vi nos teus olhos que sabias que não conseguia dar-te mais do que isso, mas não insistis-te, não me questionas-te, não me sufocas-te com a tua vontade. sei que percebes-te que nunca vou ter muito a dar-te, mas sinto que descobris-te que não precisavas tanto de mim como achavas. era o desejo que te consumia que te fazia olhar para mim, não o amor. fico feliz pela tua descoberta, conseguimos fazer nascer uma bela amizade, entre dois seres que toda a vida estiveram juntos, mas que sempre foram estranhos um para o outro.

(gosto tanto de quando sabes que não estou nos meus dias, mas não me dizes nada porque sabes que a nossa amizade e tudo o que aconteceu não pode ser divulgado e depois me mandas uma mensagem e me dás as melhores palavras)


parece que a inveja por aí é muita, mas isso não muda nada; os segredos serão sempre só nossos, e quando assim não for deixaram de ser segredos e o teu tempo será meu sempre que precisar

quarta-feira, 7 de abril de 2010

10 anos, que diferença fazem?!

fugiste-me por entre os dedos. eras a minha melhor amiga e mesmo assim achas-te que uma nova vida, uma nova escola e um bando de novos amigos poderia mudar a nossa amizade. muito pode ter mudado em mim, mas o sentimento por ti perdura. não sei o que fez isto acabar, sei que talvez ninguém tenha culpa, queria apenas poder mostrar-te que por muitas mudanças ocorridas, nenhuma deveria ter acabado com uma amizade de infância. deixaste-me à mais de um ano, mas mesmo assim não esqueço nada do que passámos, e sonho todos os dias com a reconciliação, quando falei contigo no outro dia, achei que tudo poderia voltar e com tempo seria tudo vivido novamente, mas parece que houve algo que também voltou e resolveu achar que não deveríamos voltar a ser quem éramos, e o sonho destruiu-se novamente. tenho pena desta amizade perdida, mas não sei como a recuperar. quando tento, parece que não há espaço para tal, e tudo volta ao zero. o que queres realmente que eu faça? não sei se lutar mais, ou esquecer. mas se num ano não esqueci, conseguirei fazê-lo agora?





(de melhores amigas conseguimos passar a meras desconhecidas, não quero isso para nós)