margarida soares

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dedico-me diariamente à arte de viver

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

presa à incapacidade




sem uma razão certa ou simplesmente dizendo sem uma aparente razão afastei-me. afastei-me não só de vocês, afastei-me de todos, não por culpa de ninguém, simplesmente porque o destino me fez tomar um caminho de solidão. mais do que nunca sinto-me totalmente sozinha, umas amigas estão longe, outras e aquelas que eu tomava como sendo tudo estão afastadas e as outras estavam longe à muito, mas só à pouco me apercebi disso.


a noite que queria que tivesse sido a mais feliz da minha vida, acabou por ser um extremo fracasso, as folhas que achava que iria emoldurar por me darem o passaporte para a vida que desejo, provavelmente serão queimadas por não me darem nada, a não ser uma enorme réstia de magoa por me impedirem de realizar um sonho, que, talvez já não exista, não só pela impossibilidade ou pouca probabilidade de realização mas pela falta de confiança na capacidade de sonhar. a destruição de tudo teve como causa a doença que se manifestou na pior altura, três meses a viver em mim e não podia ter esperado pelo mês de Agosto para se manifestar, talvez tenha sido o destino a dizer-me que aquele não era o caminho a tomar ou foi só mais uma noite dura daquelas em que fico sem nada saber que me trouxe mais um copo ou um rapaz que achou que eu seria uma pessoa digna de estar doente e assim decidiu passar-me o seu legado, resta agradecer pela destruição de uma parte de mim